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2 de setembro 09 : Resposta de Carlos Roque a la carta aberta

02 de setembro 2009

Resposta de Carlos Roque a la carta aberta do 31 de agosto 2009

Caros colegas.

esta e a minha singela contribuição sobre o caso Malgache.

A experiência que nos temos de conversações, sobre o restabelecimento duma ordem constitucional, e deveras triste, pelo facto de que os actores em discussão, primarem por dois objetivos que para eles tem sido cruciais :

1 - Fazer entender a opinião publica de que o pais esta num período de reflexão para possíveis mudanças ;

2 - Como qualquer conversação requere financiamento, e custa dinheiro, os actores tem a tendência de arrastar o período de tomada de consensos e decisões a favor do beneficio individual (obtenção de dinheiros para cofres pessoais e coletivos de cada grupo).

O acordo de Roma, para a paz e restabelecimento da ordem em Moçambique, teve a duração de dois anos, em Roma, precedidos de outros tantos iniciados 7 a 8 anos antes de 1990. por isso, para os políticos, esses momentos, embora de reflexão, são poucos que pensam situações como as que a colega Lili, esta a colocar.

No primeiro passo, que muitas vezes e para a aprovação de generalidades, e sempre fácil chegar a acordos e assinar princípios. Os momentos que se seguem, todas as partes, procuram ser cautelosas, pelo facto de serem as etapas onde se discute a partilha de poder econômico, político e outros, etc.

São estas fases, que quando o senso comum de ser, estar e fazer em sociedade toca na mente dos actores, os protocolos podem chegar cedo ou tarde, dependendo dos interesses que cada grupo de actores em conversação defende. neste momento, esta em causa a partilha de poder, e não o consenso sobre a transição. isso pode levar seu tempo. a consciência do " pais estar refém", de quem, só pode estar nas mentes dos cidadãos e de grupos de cidadãos organizados e conscientes pela causa nacional. para os políticos, o pais não esta refém, mas sim num momento de transição necessário para a reflexão e para mudanças radicais.

A situação de Madagascar, e uma forma de implementação da receita que foi escrita na crise de Quênia, e passa a ser moda nos paises desta zona do continente Africano, sobretudo quando ha "crises", que muitas vezes provocadas por arrogâncias, prepotência e de políticas prostitutas com espírito paternalista.

Estamos todos equivocados com os políticos de hoje, pelo facto das actuais crises políticas nos paises da região, estarem a volta da pobreza. E a pobreza espiritual, a pobreza material e a pobreza na maneira de ser, estar e fazer as coisas (valores) que torna insignificante a existência de milhares e milhares de pessoas inocentes, que vêem privadas as oportunidades de poder viver, ou de tentar viver bem.

E triste o que esta a acontece, e esperamos que este dialogo para a paz em Madagascar, não leve tanto tempo desnecessário para repor a legalidade institucional.

Forcas, e o que de bom desejamos

Carlos Roque

CEDE

Maputo 02-09-09

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